Ter ou não ter? Eis a questão.

Por já ter passado por algumas situações e ter presenciado as situações de meus amigos eu fico me indagando sobre esse assunto. Então vou tentar explanar mostrando os prós e os contras de acordo com minha opinião. É bom deixar claro que não quero causar discórdia na vida amorosa de ninguém e muito menos, após você leitor, estar ciente sobre essa ciência, não saia correndo e peça em namoro a primeira pessoa que passar na sua frente ou chutar o balde e terminar seu namoro de uma década. Não, não!

Vamos a um exemplo para refletir.

A seguir uma história baseada em fatos reais. O nome de seus personagens foi alterado para preservar a identidade dos mesmos.

Ontem tínhamos combinado um xurras na casa de uma amiga, como não deu muita gente o namorado dela achou melhor cancelar e marcar um barzinho. Então fomos ao bar. Já presentes no bar, o casal de namorados não foi e fomos informados que ele não estava mais afim. Aí começa o burburinho e palpites não faltam: eles brigaram, ela o dispensou, vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não. Enfim, se fosse solteiro não passaria por esse constrangimento. Voltando a história do bar, no mais tardar da noite ele (vou chamá-lo de Zé para facilitar a narrativa) aparece só e desacompanhado. Uma cara de poucos amigos, olhos marejados de lágrima, mas com a vontade de esquecer aquele momento ruim. Então vamos beber!!

Após algumas cervejas e petiscos surge uma brilhante ideia deste ser que acabou de brigar com a namorada. Vamos jogar sinuca? Vamos! Seguimos em quatro motos em direção a continuidade da diversão noturna. Antes de chegar ao local fomos surpreendidos por uma blitz que fechou todas as saídas da avenida impossibilitando qualquer fuga mesmo estando de moto. Eram tantos policiais com suas armas, carros e todos os acessórios de aniquilação possíveis, que mais parecia uma franquia do BOPE no Morro do Alemão. Atravessamos e fomos parados. “Documento do veículo e habilitação.” “Aqui senhor policial.” Nesse momento se apegando a todos os santos, pois o álcool exalava dos poros. “Tudo certo, pode seguir.” Ufa! Mas cadê o Zé? O Zé ficou lá atrás, não podia prosseguir por não ser habilitado e documentação vencida. Coitado, estava sujeito a Lei de Murphy. Oh céus, oh vida! Mas como sair dali? Pensamos em todas as possibilidades e nada de solução. Depois de muito discutir e o tempo passar, estávamos indo embora e o Zé ia ficar até que o “BOPE” fosse embora. Mas o que seria das pessoas se não houvesse amizades e influências? Construa uma rede de contatos, dica importante. Reconheci um amigo policial. Pessoa bondosa e de bom coração que após eu explicar a situação do Zé, o deixou passar. Problema resolvido. Enfim, se estivesse namorando teria ido embora pra casa sem passar por esse constrangimento.

Como é bom namorar e ter alguém ao seu lado em todos os momentos. Você vive um mundo diferente, seu humor muda para legal ou ótimo, os pássaros cantam, as flores desabrocham e você é capaz de passar uma tarde assistindo comédia romântica para agradar a sua namorada.

Como é bom ser solteiro e não se prender a ninguém. Seu coração fica enorme pra caber tanta mulher e seu humor muda pra legal ou ótimo. Você não vê pássaros ou flores porque sempre estará em uma balada diferente e não assisti filmes melosos, pois estará em algum xurras.

No momento eu prefiro jogar no time dos solteiros. Aí vem alguém e diz: “Você vai ficar sozinho pro resto da vida?” “Você não tem namorada?!” “É porque você ainda não amou a pessoa certa”. Pensem o que quiser o importante que pra eu está bom, bom não, muito bom!

Lembrando que os dois – solteiros e casados – conseguem viver em harmonia dentro de um grupo de amizade, ou melhor, dentro da Turma.

E você caro leitor, de qual lado você esta?

By: Marcelo Peixoto